16 de setembro de 2016
VoltarO Ambiente de Negócios da Hotelaria em 2017
Você concordando ou não, a expressão “Era de Ouro das Viagens” tem sido recorrente em eventos de turismo ao redor do mundo, afinal, a indústria de viagens realmente tem crescido.
Em pesquisa da Oxford Economics para o WTTC (World Wide Travel Council), a indústria de viagens continuará crescendo em 2017, tendo somente Brasil, Argentina e Rússia com perspectivas menores. Razões:
- Brasil e Rússia – fraca performance econômica.
- Turquia – proximidade com o conflito da Síria e recentes ataques terroristas, que impactaram a demanda.
Arne Sorenson, presidente e CEO da Marriott International, disse que as perspectivas para o crescimento global de viagens é particularmente forte, e deve permanecer assim durante as próximas duas décadas.
Motivos:
- Crescimento da classe média no mundo todo.
- Baby Boomers super ativos, e viajando mais após aposentadoria.
- Geração preferindo viajar mais do que acumular riquezas como casas e carros.
- 2 gerações chegando muito focadas em experiências, vontade de ver o mundo e interagir com as pessoas de uma maneira muito mais intensa, genuína.
E essa busca é reforçada pelo CEO da Hyatt Corporation, Mark Hoplamazian, ao mencionar que a experiência de hospitalidade do Airbnb pode oferecer uma interação humana autêntica com os hóspedes. E para os hotéis se manterem competitivos, é preciso “deixar os funcionários serem mais quem eles são”. Isso significa tirar o ‘script’, pois autenticidade não vem de um roteiro decorado.
A Hyatt passou os últimos 3 anos tirando os ‘scripts’, desfazendo vários procedimentos operacionais e trabalhando para que todos “sejam humanos em primeiro lugar”.
Construção de confiança do consumidor
Richard Solomons, CEO do InterContinental Hotels Group, diz que a confiança do consumidor é o coração de cada negócio e marca.
E a confiança se estabelece de várias maneiras:
- Um programa de fidelidade, por exemplo, deve ir além da concessão de pontos, e inserir interação, com a marca, e até entre os membros. Por que não?
- A consistência de produtos e serviços também são outro fator de confiança bastante citado pelos CEOs. Ter uma experiência muito desconectada da primeira ao retornar em um hotel pode abalar o relacionamento do cliente com a marca.
- Força de trabalho diversificada, com plano de carreira e reconhecimento de talentos. Isso reflete no atendimento, satisfação do cliente, e recompra, aumentando a confiança.
Em geral, o mercado deve entrar em uma estabilidade no futuro próximo, com crescimento mais lento. Portanto, seguem algumas dicas para garantirmos um 2017 mais forte:
- Assumir o controle da sua distribuição, com um mix de canais diversificados.
Como disse muito bem Cindy Verde, da Kalibri Labs: “Não se trata dos hotéis negociarem melhor com as OTAs, mas deles assumirem o controle de seu mix de negócios, compreender a natureza da demanda em seu mercado, e entender quais são os custos para cada tipo de negócio que recebem.”.
- Desenvolva a sua grade tarifária com base na sua previsão e estratégias comerciais. Veja como estão as projeções globais de preços de hotéis para 2017:
3. Entregue o que prometeu. Tão simples, e tão complexo. Desenvolva uma campanha de comunicação incrível, mas não descuide dos detalhes. Se o foco agora é a gestão de custos, não deixe os detalhes de lado. Cuide para não se desfazer das experiências que são percebidas como ‘valor’ para o cliente. Elas farão toda a diferença na sua rentabilidade.
Bons Negócios!
Link para a pesquisa completa da Oxford Economics para o WTTC: http://www.wttc.org/-/media/files/reports/economic-impact-research/wttc-global-travel–tourism-economic-impact-update_july-2016_encrypted.pdf
Esse meu artigo foi publicado também no Hôtelier News. Leia AQUI.
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