No Brasil, os preços se mantiveram, mas a flexibilidade para renegociação com fornecedores e as propostas comerciais com maior valor agregado estão cada vez mais presentes.
Entre profissionais do ramo é unânime a sensação de que muitos clientes, principalmente corporativos, encontram no “medo” que paira sobre o mercado uma oportunidade de exigir redução de preços. Poucos têm sucumbido à pressão. Fechar um contrato de risco como esse descaracteriza o posicionamento de luxo e dificulta imensamente o retorno aos valores iniciais após a má fase. Agregar benefícios realmente tem sido a chave para não cair na armadilha de baixar preços. Com a confiança do cliente e a consistência da marca, é possível minimizar o impacto da crise.
Se tomarmos como base de decisão a crença em preços elásticos, consumo racional e recessão global, redução de preços até faria sentido. Entretanto, se há o entendimento do “sonho” do luxo, mesmo em tempos austeros, verdadeiras marcas continuam brilhando, proporcionando prazer e mantendo sua visão de longo prazo.
Outro desafio é a distribuição com abrangência inteligente e a associação da marca com outras que lhe suportem nesse caminho difícil de posicionamento de luxo. Manter-se acessível (com uma distribuição eficiente) e ainda sustentar sua exclusividade é a chave do sucesso no mundo atual.
retomada da economia e o mercado voltando a crescer. A notícia ainda não é perfeita para os hotéis de alto luxo do país que mantêm uma média de 80% de ocupação, ou mais, de hóspedes estrangeiros. Isso significa executivos viajando a negócios e famílias saindo de férias, o que mantém o mercado de turismo de luxo movimentado.
Quem consome luxo continuará comprando. A maior cautela e a valorização do seu dinheiro vão unir-se ao processo de compra que se torna a cada dia mais customizado. Viajantes querem “significado”, cultura e emoções.