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Executivos do setor estão otimistas. Mundialmente ainda existem algumas incertezas, mas a probabilidade é de crescimento.
Claro que alguns eventos podem impactar, como o agravamento da crise europeia, a falta de equilíbrio no crescimento do mercado chinês ou o aumento dos conflitos no Oriente Médio. Mas se tudo isso for minimizado, executivos do setor como Frits Van Paasschen (CEO da Starwood Hotels), acreditam que 2012 pode surpreender.
Já sabemos que a geração de riqueza global está alavancando o mercado de alto padrão. No mundo todo, o patrimônio líquido por domicílio aumentou quase 30% desde 2006, apesar da crise financeira.
No Brasil, esse mercado cresceu 33% só de 2010 para 2011.
Com relação ao turismo, Paasschen diz que estamos à beira da Era de Ouro das viagens de luxo.
Para comprovar isso, é só analisar o movimento da classe média. Mundialmente, ela duplicou nos últimos 20 anos, somando mais 2 bilhões de pessoas. De acordo com a Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), nos próximos 20 anos, mais 3 bilhões de pessoas serão adicionadas à classe média.
No Brasil, segundo o DataPopular, até 2014, 58% da nossa sociedade estará na classe média. E, de acordo com a FGV, as classes A e B aumentarão 50%, somando mais 11 milhões de pessoas a essas classes sociais no mesmo período.
O Luxo no Mundo das Viagens
No mundo das viagens, o aumento não é somente em lazer, mas também em negócios. Empresas atravessam fronteiras agregando mercados. E esse viajante global quer ótimas acomodações e um serviço de padrão internacional e personalizado.
Mas para quem trabalha com turismo, além de analisar o aumento da demanda, é vital entender a mudança no consumo do luxo. O viajante hoje está muito mais conectado, diversificado e sofisticado. O Luxo não é mais formal, extravagante e sinônimo de status. Novas descobertas são importantes.
Situação da Hotelaria de Luxo no Brasil
Em recente estudo, o IBGE concluiu que 75% da capacidade hoteleira do país está concentrada nas capi
tais e regiões metropolitanas.
tais e regiões metropolitanas.
Quanto aos hotéis de luxo ou superior/muito confortável (imagino que muitos estão nessa categoria sem realmente serem tão confortáveis assim), falamos de 12,6% do total.
Classificação IBGE:
Luxo/muito confortável – 12,6%
Turístico/Médio conforto – 27,4%
Econômicos – 38,3%
Simples – 21,7%
Tenho curiosidade para entender em detalhes os critérios do IBGE. Em São Paulo foram registrados 174 hotéis de luxo e superior/muito confortável. Já o Rio de Janeiro concentrou 18,2% de estabelecimentos nessa categoria, maior percentual em comparação aos outros estados.
Em geral, o que precisamos entender é a necessidade cada vez maior de mão de obra qualificada, malha aérea adequada, melhor ambiente de negócios para novas aberturas (incluindo marcas renomadas mundialmente) e, claro, a certeza de que o Brasil é um luxo.
A autenticidade, a diversidade, a proximidade com o conceito eco luxury e a hospitalidade inata do povo brasileiro são atrativos únicos para esse novo turista de alta renda.
A viagem deve significar algo, ter uma conexão emocional com o lugar, com a comunidade e cultura local. Temos tudo isso praticamente pronto. Precisamos de infraestrutura e serviços adequados.
Kiaroa Eco-Luxury Resort
Fonte: www.kiaroa.com.br
Os olhos do mundo estão voltados para nós. Como disse Tyler Brulê, colunista do Financial Times: “A energia das empresas brasileiras pode ser o motor da economia do país, mas são os elementos suaves, como música, moda, hospitalidade e design, que vão fazer a marca Brasil ser mais sedutora do que Rússia, Índia e China.”
Potencial temos de sobra. Precisamos aproveitar de maneira inteligente e posicionar o Brasil entre os principais destinos de alto padrão. Esse é o momento!
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