O consumo de luxo encontrou o seu lugar no Nordeste do Brasil e não é só para turista ver. Com crescimento de 35% nos últimos dois anos, a região é responsável por 13% do mercado no País, segundo a consultora da GO Associados, empresa especializada em marketing e no segmento de marcas de luxo, Gabriela Otto.
“O momento é de expansão do luxo no Brasil, saindo do eixo Rio de Janeiro – São Paulo, com novos shoppings centers, proporcionando a entrada de marcas de alto luxo em outras capitais. Se isso está acontecendo, é porque existe demanda”, diz.
De olho nesta descentralização, os empreendimentos imobiliários de alto padrão lançados no Nordeste, que antes tinham como foco os estrangeiros ou os brasileiros da região Sudeste, passam a ser direcionados para o público local. “Não existe um ‘boom’ porque o mercado não está tão aquecido, mas voltamos para o básico: o incorporador local identifica a demanda e constrói para o público do Nordeste”, explica o presidente da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (Adit-Brasil), Felipe Cavalcante.
Novos imóveis de alto padrão impulsionam também o consumo de móveis e objetos de decoração e três capitais do Nordeste estão representadas entre os 10 municípios com maior potencial de consumo destes produtos, de acordo com o estudo IPC Maps 2013, indicador geral do potencial de consumo no País. São elas: Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Recife (PE), que ocupam, respectivamente, o quinto, oitavo e nono lugares. Em valores, entre as classes A e B nestas capitais, os potenciais de gastos variam de R$ 11 milhões a R$ 183 milhões (veja quadro).
Publicado em Emobile