Esse meu artigo também foi publicado no Hôtelier News. Clique AQUI.
=================
Astronauta, jogador de futebol, médico, bombeiro, bailarina?
Eu queria ser professora. E você? O que queria ser com dez anos?
Fez acontecer? Isso ficou para trás? É feliz no que faz?
A felicidade depende de nós mesmos. Fácil falar, difícil aceitar. Afinal, é tão simples dar desculpas, apontar o outro, lamentar-se.
Falamos e ouvimos muito sobre como nossos filhos aprendem conosco. Entretanto, uma relação de aprendizagem tem sempre dois lados, e, muitas vezes, perdemos nossos maiores exemplos: as crianças!
Depois de escrever sobre os “Benefícios do fracasso” e “O ter e o ser”, começo esse ano com uma mensagem sobre como mudar o foco. Talvez assim possamos nos dar conta que, na verdade, nossos sonhos se realizaram, somos felizes e nem sabemos.
Para isso, seja mais criança e lembre-se de alguns pequenos grandes valores:
Equilibre-se
Podemos começar com nossa vida profissional x vida pessoal. Esquecemos que a carreira é somente parte da vida, não ela toda.
Muita gente fica o tempo todo atrás do urgente e deixa o importante de lado.
E a velha máxima: “Não tenho tempo”?
Isso é desculpa. Tempo é uma questão de prioridade.
Como diz o Professor Mário Cortella, “Pergunte a um infartado que sobreviveu e nunca tinha tempo para se exercitar. Hoje, faça chuva ou faça sol, às 6 horas da manhã ele está lá caminhando”.
Siga o exemplo das crianças e “desça para o play”!
Esses momentos são vitais para manter nossas energia e criatividade circulando.
Quem só fala de trabalho é chato. Reclamar da vida está fora de moda. Isso acaba afastando os outros.
Priorize
Existem coisas fundamentais e essenciais em nossa vida, mas costumamos confundi-las de vez em quando.
Coisas fundamentais: dinheiro, sexo, reciprocidade, carreira.
Coisas essenciais: felicidade, religiosidade, sexualidade, lealdade, amizade.
As coisas fundamentais servem somente de escada. E ninguém fica parado no meio da escada, não faz sentido.
As coisas essenciais são aquelas que trazem o equilíbrio vital.
Siga o exemplo das crianças e seja simplesmente feliz!
Quando aquele carro estacionar na vaga na sua frente e deixá-lo irritado, lembre-se das crianças brincando no parquinho. Elas podem disputar o balde de areia por alguns momentos e, minutos depois, estarem construindo e se divertindo com o castelo mais lindo do mundo.
Pare de remoer as coisas. Simplesmente deixe a vida fluir mais leve.
Valorize
O valor que damos para nossas conquistas é vital para nossa felicidade.
A estagnação no trabalho, em relacionamentos, na vida, é o paraíso da mediocridade, a aventura do tédio.
Ensine aos seus filhos a noção de esforço e aprenda com eles a ser destemido.
Siga o exemplo das crianças e arrisque!
Seja cada dia uma princesa ou um super herói diferente, releve, bata o pé e depois peça desculpas, chore, sorria (nem que seja para reduzir sua pressão arterial e o estresse).
Nascemos com pouquíssimos medos, aqueles necessários para a sobrevivência. Todos os outros são infundidos em nós por pessoas que convivem conosco. Alguns deles são legítimos e necessários para vivermos em um mundo modernizado. Outros, completamente desnecessários e servem somente para nos impedir de ser tudo o que podemos ser.
Todos sabem o quanto as crianças “enchem” uma casa. Portanto, movimente-se, “encha” sua casa, não deixe sua vida cair na inércia.
Compartilhe
Reparta o que sabe.
Quem sabe reparte. Quem não sabe, procura.
Estudamos tanto sobre relacionamentos com clientes, fornecedores, funcionários, chefes, mas nos esquecemos que aprendemos a fazer conexões desde pequenos.
Siga o exemplo das crianças e faça amigos!
Agregar valor à vida de alguém é uma das melhores sensações do mundo.
Sua vida não é feita só de ROI. Invista no ROR (Retorno sobre Relacionamento).
Seja coerente
Não basta ensinar o que sabe. É preciso praticar o que ensina.
Depois de certa idade, chamamos isso de “integridade”.
Você cumpre o que, quando e como disse que faria?
Conserta quando distorce a verdade?
Não existe outra resposta além de SIM.
Siga o exemplo das crianças e seja você mesmo!
Seja simplesmente quem você é, não uma réplica de outra pessoa, uma versão filtrada de si mesmo, ou quem você acha que as pessoas querem que você seja.
A autenticidade é o que realmente constrói conexões e relacionamentos.
Seja simples
Ninguém mais tem paciência com pessoas que têm tudo, sabem tudo, conhecem tudo. Em um mundo no qual o verbo é compartilhar, não há mais espaço para esse tipo de postura.
Siga o exemplo das crianças e pergunte sobre tudo, surpreenda-se!
Enquanto perguntamos sobre tudo, continuamos interessados em tudo e em todos a nossa volta, sempre à procura de possibilidades.
Explore novas perspectivas, questione (pelo menos uma vez na vida) tudo o que já sabe.
Amadurecer não significa que precisamos agir nessa idade o tempo todo. Às vezes a maturidade é algo extremamente exagerado. A vida não deve ser levada tão a sério.
Para realizar seu sonho de infância e ser feliz, como dizia o grande Millôr Fernandes, “O importante é ter, sem que o ter te tenha.”
Portanto, quando tudo parecer difícil, volte a ser criança, sem nenhum medo de responder a uma simples pergunta: “O que você quer ser quando crescer?”
SEJA FIEL AOS SEUS VALORES.
Que seus sonhos se realizem em 2013, ou seja,
que você seja simplesmente FELIZ!