15 de dezembro de 2010

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O Futuro da Gestao e Liderança por Gary Hamel

Por pura falta de tempo, ainda estou postando assuntos de algumas palestras interessantes que assisti na HSM ExpoMagamenent este ano.

Segue mais esse que fala sobre a “Gestão 2.0” de acordo com o genial Gary Hamel. E ele começa falando: “O conhecimento está virando commodity, pois se dissipa muito rápido. Está ficando cada vez mais difícil se diferenciar. É preciso criar mais conhecimento o mais rápido possível.”

E ele faz o link do conhecimento com inovação como a chave das empresas bem sucedidas do futuro. O ambiente das corporativo deveré, necessariamente, ser convidativo à INOVAÇÃO.

Entre as teorias que defende nessa “novo” modelo de gestão estão:

  1. Adoção imediata de Redes Sociais dentro das empresas. É preciso liberar o fluxo contínuo de troca de idéias dentro das empresas fazendo com que as pessoas sintam-se a vontade para expor suas idéias e opiniões sem restrições e preconceitos.
  2. Capacitar a gerência Média no sentido de facilitar a inovação. Eles tem que entender que seus funcionários estão mais próximos dos clientes e  de vem ser fontes para a inovação.
  3. Transformar o erro em um instrumento pedagógico. Para inovar é preciso experimentar. Para experimentar temos que estar preparados para errar e aprender com o erro. Lembre-se, inovar é assumir riscos;
  4. Estimular a quebra de paradigmas. Capacitar seus funcionários no sentido de desenvolverem espírito crítico que desafie verdades absolutas. Inovar é desafiar o que é padrão;
  5. Liderança como exemplo. O líder deve servir de exemplo para a organização, comunicando a importância da inovação diretamente a todos os gestores e comemorar os esforços inovadores, incluindo aqueles que falaram, mas que foram tentativas corajosas. O líder não deve dizer as pessoas o que fazer, mas constantemente desafiá-las a identificar os desafios e obstáculos, investigar a sua origem, desenvolver e testar soluções, o tempo todo;
  6. Dê voz aos inconformados. A maioria dos sistemas de gestão dá uma parcela desproporcional da influência sobre políticas e estratégias a um pequeno número de altos executivos. A solução é criar sistemas de gestão que transfiram poder para aqueles cujo capital emocional está investido basicamente no futuro;
O case Apple
Nokia é 10 vezes maior em share de mercado, mas a Apple faz mais dinheiro que ela em função da sua extraordinária diferenciação e crição de valor para o cliente.
Ela inovou não só o segmento de computadores, mas a indústria de música e telefonia móvel.
O que move a Apple não é uma estratégia, mas um ideal.
Se você viram o Steve Jobs apresesentando o iPad, entendem o que estou falando. Em um momento da apresentação, ele pára e diz: “Nossa, é tão bom de segurar o iPad…”
Que outro líder de uma empresa de tecnologia consegue mover pessoas assim?
Liderança
Vejam palavras usadas por CEOs que NÃO movem pessoas (e são as mais usadas):
* Valor
* Qualidade
* Crescimento
* Liderança
* Diferenciação
* Excelência
E as que movem:
* Verdade
* Alegria
* Honra
* Descoberta
* Igualdade
É preciso quebrar o dogma.
Pensamento estratégico

 

Quem estabelece a estratégia e pensa estrategicamente são os executivos. Por isso empresas falem.
Em 2008, a IBM abriu a empresa para que sua estratégia fosse construída em conjunto e recebeu 300.000 idéias de pessoas ao redor do mundo. E olha que a IBM é uma empresa super estruturada e fechada.
A nova gestão deve se basear na liberdade e descentralização. A internet deve ser a nova base da gestão. Ex.: Veja como o Linux é feito (milhares de colaboradores virtuais ao redor do mundo).

 

O que Gary Hammel sugere é DISCIPLINA e LIBERDADE – autonomia para os empregados. Essa é a base da inovação

Mas o que realmente faz a diferença em uma empresa?

Obediência e intelecto com certeza não são. O que a diferencia é criatividade, iniciativa e paixão. E ,claro, um líder que, antes de mais nada, inspira.
Temos que destruir o conceito do CEO. Funcionários 1º, clientes em 2º.
Engajamento
Depois de uma pesquisa com trabalhadores de nível médio, se chegou a seguinte conclusão:
* 62% eram moderadamente engajados
* 24% desengajados
* 14% engajados
Imagina uma sala de aula, onde somente 14% dos alunos aprendem algo.
 
É importante que fique claro que o problema não é o trabalho, mas a gestão.
 
Bonificação
O ideal do incentivo corporativo deveria ser  o quanto de valor essa pessoa traz para a empresa e só então fazer o plano de compensação.
Colegas responderem sobre o profissional é importante.
E Hamel é taxativo ao afirmar que “HR evaluations are all rubish” (avaliações de RH são todas “lixo”, não valem para nada).

E ele encerra a palestra alertando que precisamos parar de achar que um bom profissional é aquele que faz o que o chefe manda fazer. Se você for bom mesmo, saberá falar não de vez em quando.

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Gostou das idéias do Hamel e quer se aprofundar?
Veja a sugestão de alguns livros:
*  O Futuro da Administração
* Competindo pelo Futuro
* A Vantagem das Alianças

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